Por: Rizza Matos
Estamos vivendo na era da informação. O bum da comunicação. As mutações culturais advindas pela tecnologia mudaram a maneira das pessoas se relacionarem. E enquanto isso, no coração do Brasil, uma tribo de índios Karajás tenta conciliar modernidade e tradição.
Bésóroró "A TV E OS KARAJÁ" é um vídeo de relatos. Os moradores da aldeia Santa Izabel do Morro, TO, contam detalhes de seus costumes, ritos e credos e apontam transformações culturais vividas por seu povo depois do aparecimento da TV. Bésóroró não revela apenas como a televisão é vista por essa etnia mas, vai além quando mostra as novas nuances que a TV está pincelando na multicolorida cultura Karajá.
O documentário foi produzido por um grupo de alunas da Faculdade Adventista de Comunicação de São Paulo, formado pelas, hoje, jornalistas: Rizza Matos, Dayse Hálima, Adna Ketner, Talita Araújo e Adriele Nunes. Para a roteirista do filme, Rizza Matos que atualmente mora em São Félix do Araguaia, ao lado da Ilha do Bananal, o objetivo do vídeo é trazer à tona a discussão sobre o poder que a comunicação exerce dentro de uma sociedade. “Todos nós estamos a todo tempo recebendo e transmitindo informações que mudam a nossa maneira de pensar e agir, o documentário mostra como está sendo esse processo dentro da nação Karajá, nós não colocamos nenhum veredito, apenas estamos mostrando o que eles pensam sobre a questão, por isso escolhemos como título do video: bésóroró que significa correnteza na língua Iny.”, afirma.
Entre os entrevistados estão a diretora da escola indígena Malúa, Waxiaki, o cacique, Iwraro, que ficou nacionalmente conhecido após a sua participação na novela Araguaia, da TV Globo. O antropólogo, Andre Toral, um dos primeiros pesquisadores a escrever sobre a etnia e o bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga.