17º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá promove encontro entre representantes da Oi Futuro e produtores culturais mato-grossenses
A organização do 17º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá - que está sendo realizado desde o dia 25 e segue até amanhã, 30, no Cine Teatro, na capital mato-grossense -, promoveu um encontro entre representantes da Oi Futuro e produtores culturais do Estado. O objetivo foi discutir as políticas públicas de incentivo à cultura de Mato Grosso, as políticas de patrocínio da Oi e os programas do Instituto de responsabilidade social da empresa, a Oi Futuro.
Participaram do encontro o diretor Institucional do Oi Futuro, José Zunga, o executivo de Relações Institucionais da Oi em Cuiabá, Guilherme Luiz Alves, a produtora executiva do Festival, Cybelle Bussiki, a presidente do Instituto Cultural América (Inca), Keiko Okamura, a diretora executiva da Amav/ABD-MT, Carol Araújo, o diretor do Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (Misc), Ivan Belém,a Coordenadora do Programa SIMININA Laiza Luz, a gestora cultural Elaine Parizzi, e os produtores Vicente de Paula, Zilda Barradas, Eduardo Espíndola, entre outros.
O diretor Institucional da Oi Futuro, José Zunga, reafirmou o interesse da empresa em ampliar os investimentos em projetos mato-grossenses. "Nosso apoio a algumas iniciativas, como o Projeto Siminina e o Festival de Cinema, já demonstra nosso desejo de marcar presença no Estado. Porém, ela ainda é pequena e queremos avançar muito neste aspecto", declarou.
Segundo Zunga, para que isso aconteça é preciso que o Estado ofereça mecanismos para que a iniciativa privada possa investir. "É necessário haver um amplo debate entre as secretarias estaduais de cultura e fazenda e a comunidade cultural. Pois o processo deve vir do Estado para as empresas", avaliou, ressaltando que também esteve reunido com o secretário de Estado de Cultura, Oscemário Daltro, para discutir o assunto.
Para o diretor, o cenário atual no Estado oferece duas possibilidades: a criação de uma lei de incentivo à cultura ou o estudo de um sistema híbrido, onde as leis de incentivo conviveriam com o fundo vinculado aos orçamentos estaduais.
A gestora cultural Elaine Parizzi, assim como os demais produtores presentes, também compartilhou da mesma ideia. "Desde a época da mudança da Lei Hermes de Abreu para a Lei do Fundo, já era meu entendimento que seria melhor para classe cultural que a Lei fosse sancionada num sistema híbrido, Lei com captação de recurso (mecenato empresarial) e Fundo (valores direto na conta)", declarou.
De acordo com a gestora, a classe já vem discutindo o formato da lei e, na próxima semana, se reunirá com o secretário Oscemário para apresentar a proposta. A expectativa dos produtores é de que a Lei seja sancionada ainda este ano.
Já a produtora executiva Cybelle Bussiki ressaltou a importância do dialogo com a iniciativa privada. "A extinção da lei de mecenato retirou os produtores da frente dos empresários. A visita da OI foi muito proveitosa e oportuna, neste momento em que estamos em plena discussão, no Fórum Permanente de Cultura, de uma lei hibrida a ser apresentada ao governador Silval Barvosa", destacou.
A produtora destacou ainda que Mato Grosso se prepara para receber a Copa 2014 e precisa fortalecer o segmento cultural. "Cultura é um dos caminhos para educar e humanizar. Todos os países que despontam como potências no cenário internacional construíram sua soberania tendo na cultura seu alicerce. Devemos seguir o exemplo", finalizou.